Três anos após uma turbulenta saída do Helloween, Michael Kiske decidiu trair o movimento e lançar Instant Clarity – um disco que não soa tão metálico quanto os legendários Keepers. Apesar dos flertes com o passado da ex-banda, o som do violão predomina ao longo do play. Há uma perspectiva noventista em certos momentos, com tentativas de soar Grunge, como em “Be True Yourself“; ou alternativo, como em “So Sick”, mas o miolo de Instant Clarity tem muito de Pop Rock – o que não é essencialmente ruim. Há dois momentos dignos de destaque em Instant Clarity”: o primeiro é a linda balada “Always“, dedicada a Ingo Schwichtenberg, baterista do Helloween que cometeu suicídio em 1995. O segundo é a participação de Adrian Smith e Kai Hansen nas guitarras de “The Calling” e “New Horizons“, as únicas canções metálicas do registro. Engraçado pensar que, inicialmente, o convidado seria Brian May e não Smith, mas o lendário guitarrista do Queen recusou o convite, alegando falta de tempo.